Ei você, desistiu da progressiva? Bora cachear? Cacheeeeeia!
Desistir da química é fácil, parar de fazer também, agora se aceitar… Vish, é a parte mais complicada de todas. Isso se chama transição capilar. Então vamos lá?
Primeiro de tudo: A transição é um processo longo. Não pensa que vai ser da noite pro dia, porque não vai não. Aceita esses termos de compromisso? Tenha certeza de que você quer voltar aos cachos porque é uma vontade sua, não da sua mãe, da sua irmã ou do seu namorado; tenha certeza se não está voltando porque atualmente é moda ou porque simplesmente acha bonito. Cabelo cacheado requer cuidados especiais, sempre. Requer tempo, carinho, paciência e força de vontade. Se você não tem pelo menos dois desses, pode desistir. “Ser neguinha” não é pra qualquer uma.
Segundo de tudo: pra ter o cabelo cacheado, tem três regrazinhas básicas (e se não cumprir, tente aceitá-las):
1ª Volume sim, sempre!
2ª Frizz eu tenho, frizz eu terei, frizz eu lidarei.
3ª Day After: eu posso, eu consigo!
Verificou isso tudo? Aí, garota! Chegou a parte mais complicadinha.
Talvez, pra guiar você na sua transição você precise acompanhar grupos, blogs e vlogs para qualquer dúvida que você tiver. Nós, cacheadas, temos um dicionário (zinho) que talvez você precise saber:
2a, 2b, 2c, 3a, 3b, 3c, 4a, 4b, 4c… - Tipos de cacho. O 2a é uma cabelo levemente ondulado e o 4c é um cabelo crespo, com o menor cacho de todos;
BC – Em inglês, big chop (grande corte), é o que você provavelmente terá que fazer uma hora ou outra da sua transição se quiser ter cachos 100% naturais;
Cronograma Capilar - Nada mais é que o melhor jeito de tratar seu cabelo para receber os cachos;
Day After – O dia seguinte ao que você lava o cabelo;
Difusor - uma “concha” de plástico que você coloca no seu secador que ajuda a definir e a secar os cachos, sem desfazê-los;
Técnica Low/No poo – É uma técnica para manter os cabelos saudáveis, evitando os sulfatos dos shampoos;
Texturização - Método pra tentar cachear as partes lisas (com química) ou até mesmo os cachos indefinidos. Pode ser usada para mudar as formas dos cachos também (ficar mais fechado ou mais aberto). Tem a fitagem (pentear o cabelo com os dedos, dividindo-o em partes e passando o leave-in), bigudins, tranças, bobes, twist out…
Gravou os conceitos aí? Então tá bom. Próximo passo é começar o cronograma. Hidratação, Reconstrução e Nutrição! Temos tudo explicadinhoaqui.
Durante a transição
Enquanto você vai hidratando, reconstruindo, nutrindo, em transição… Pode ter certeza que nesse mundo de chapinha, você sofrerá preconceito. Independente do seu tipo de cacho. É normal, todas nós passamos por isso. Mas é importante nunca se deixar abalar. Procure algo pra distrair seu cabelo. Faça coquinhos, aprenda penteados novos, compre acessórios. Use maquiagem, saia sempre bonita. Sinta-se bem, sempre. Engane sua auto-estima.
PS: algumas meninas passam a transição fazendo escova, babyliss ou, no meu caso, com o cabelo completamente preso. Nenhuma das três alternativas é aconselhável e/ou saudável para seus cachos. Escova demais resseca o cabelo (independente do cronograma que você segue, independente do protetor térmico) assim como o babyliss. O cabelo sempre preso tem tendência a cair mais que o normal, ficar marcado e quebrar fácil demais. Além do mais, você não curtirá seus cachinhos nem se acostumará com o volume/frizz dele se não deixá-lo natural! Veja nosso post sobreComo sobreviver à transição capilar!
Quando saber a hora de cortar?
Não há hora certa de cortar. Algumas meninas são apegadas demais ao cabelões, outras nem tanto. A Ster, por exemplo, foi cortando a química até que ela saiu totalmente. Outras preferem deixar crescer muito e cortar o mal pela raiz! Mas se você tem certeza que quer cortar (ou acha que já passou da hora) dê uma olhadinha nessas dicas da Raysa aqui.
Observações: ao final da transição, seu cacho pode estar diferente do que você imaginou. Se antes da química você tinha um 3c, após a transição seu cabelo pode estar um 3a. Isso se deve a diversos (milhares) de fatores: sua menstruação, seus hormônios, puberdade, alimentação, estresse… Tudo isso pode mudar sim.
E depois da transição?
Depois? Hmmmm… Depois é só alegria!